Precisamos começar falando que dor na relação sexual não é normal. Nem uma posição específica, nem no comecinho, nem no final, nenhum tipo de dor é normal. Claro que às vezes durante uma relação pode surgir um desconforto ou outro, mas que seja leve e que passe rapidamente, quando essa dor dura por vários meses e te causa sofrimento, é hora de procurar ajuda, pois você está com uma possível disfunção sexual! Uma disfunção sexual é quando existe um problema durante a relação sexual que dura algum tempo e traz sofrimento a pessoa que vive isso.
Quando esse sofrimento é causado pelo sexo doloroso, é chamado transtorno de dor gênito pélvica associada a penetração. Agora vamos a tradução para o “português” do termo: dor gênito que vem do genital/genitalha ou pélvica que vem da pelve. Dor que acontece durante a penetração ou tentativa de penetração. Antigamente era conhecido pelos termos de dispareunia ou vaginismo, falaremos mais da diferença desses termos em outro post.
A dor pode acontecer durante a penetração de dedos, objetos ou pênis ou após a relação. Pode ser aguda, em pontada, ardência, queimação. A característica da dor, pode dizer muito sobre a causa dela.
Falando em causa, a dor na relação sexual pode acontecer por inúmeras causas e é necessário descartar a existência de outras doenças como infecções ou candidíase.
Quando nenhuma doença explica essa dor, podemos pensar que essa dor está sendo causada por alteração da musculatura da vagina. Apesar de não justificar, é por isso que muitas mulheres vão ao ginecologista se queixando de dor na relação e saem frustradas porque “está tudo normal”, mas ainda segue com dor. Na grande maioria das vezes a dor vem por tensão nos músculos do assoalho pélvico e o profissional que sabe avaliar musculatura é o fisioterapeuta.
Por isso que toda mulher que tem dor na relação, precisa procurar a fisioterapia pélvica. Importante ressaltar que o tratamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, ginecologista, fisioterapeuta e psicólogo, de preferência que todos tenham experiência com atendimentos de sexualidade feminina.
Obs: sim, se já te falaram que isso é coisa da sua cabeça, saiba que é mesmo.
Mas não existe uma divisão da cabeça do corpo. Por isso, independente da causa, é necessário
tratamento.